21/09/2010

Senhores candidatos: meu ouvido não é penico!!!


Hail, people!!! E lá vamos nós para mais um ano eleitoral. Hora de exercer a nossa cidadania e escolher os nossos representantes. Será?

O que dizer dos candidatos que querem forçar o seu número em nossa memória utilizando seus carros de som com suas músicas chatas, repetitivas e ridículas? Considero ótima a opinião de Leandro Vieira, colaborador do site Administradores: "O candidato que usa carro de som não pode ser bem intencionado. Ele já parte do princípio que o nosso ouvido é penico".

Para mim, morador da Grande São Paulo, região naturalmente barulhenta, é torturante ver adicionado a esse caos barulhento o som (ou melhor, ruído...) das músicas (músicas?) dos nossos "queridos" candidatos.

Enquanto isso, vemos projetos de lei relacionados à música já aprovados e ainda não colocados em prática. Um exemplo é o projeto da senadora Roseana Sarney que coloca como matéria obrigatória a matéria "Música" para os estudantes do ensino fundamental. Por que será que não foi colocado isso em prática? Será que é simplesmente porque quando o povo for educado musicalmente simplesmente passará a ignorar tais apelos "musicais"?

Fui procurado em uma ocasião por um candidato para gravar seu jingle eleitoral. Já veio com a letra e a música pronta (na verdade, uma versão de um sucesso sertanejo). Perguntei-o o porquê daquela música. O mesmo me respondeu que em uma ocasião votou em um candidato porque na boca-de-urna estava tocando uma música que fez com que o número ficasse gravado em sua mente, e na hora de votar não estava com sua cola eleitoral e esqueceu-se do número do seu candidato. E completou dizendo: "sei que jingle eleitoral é muito chato, mas quero provocar esse efeito nas pessoas". Nem preciso dizer que não fiz o trabalho para ele.

Estou em processo de elaboração de um projeto de lei de iniciativa popular em minha cidade: proibir o uso de carros de som com finalidades eleitorais. Só assim vou conseguir me garantir um pouco de paz nas próximas eleições. Será um verdadeiro ganha-ganha: a política ganha em qualidade, a população em tranquilidade e a música em todos os aspectos.

Deixo aqui uma frase do grande Shakeaspeare: "Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz."
Até o próximo post.

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