05/02/2014

Pato no São Paulo??? Xi...

Como diria o Bozo: "olá, meus amiguinhos". Já tinha aposentado esse blog, mas como futebol não é o assunto do meu blog atual, resolvi me utilizar desse espaço. Acabo de receber a notícia de que Alexandre Pato vem passar as temporadas de 2014/2015 no meu Tricolor Paulista em troca do Jadson, que passará o mesmo período no Corinthians.

Ambos andam em baixa em suas respectivas equipes e vejo poderá ser bom para os dois, visto que terão novas oportunidades de vencer a má fase em seus novos clubes. Mas o Pato terá de provar muito mais do que o Jadson. Eu sempre disse no início que ele só fazia gols em equipes pequenas ou que estavam em baixa (como o São Paulo em 2013). Nunca o vi jogar bem desde que voltou ao Brasil quando o jogo era mais sério. Claro que fui acusado de dor de cotovelo por um monte de torcedor fanático e sem o mínimo de senso crítico. Mas o pênalti perdido e que acabou por desclassificar o Corinthians acabou por provar a minha tese. E uma torcida que se gaba de ser fiel, simplesmente virou as costas para o seu ídolo. #fidelidadezero

Não gostei de saber de sua vinda ao clube pelo fato dele ter sempre se portado de forma muito desrespeitosa com o nosso clube. Espero que pelo menos não tenha o descaramento de disparar suas flechinhas de amor para a torcida tricolor. É um rapaz novo, deverá aprender a ser mais humilde daqui por diante.

O pepino maior fica para o Corinthians, que não vai conseguir reaver a quantia absurda investida no jogador. De fato, foram os 15 milhões de euros mais mal investidos do mundo do futebol. Além disso, recebe um salário astronômico no Corinthians, tanto que no acordo entre os dois clubes, o clube do Parque São Jorge vai continuar bancando parte do salário, pois o Tricolor não se dispõe a continuar pagando o salário astronômico recebido pelo mesmo.

Que venha, jogue direito, faça muitos gols e ajude na recuperação do nosso time. Fará mais do que sua obrigação e sem o direito de ser reconhecido. Não espere ser bem vindo. Que entre pelas portas dos fundos, faça direito seu trabalho e saia pelas mesmas portas no final de seu contrato. Pra mim, deveria mofar no São Paulo, treinando muito e não sendo escalado pra nenhum jogo. Mas como já vejo que não será assim, que aprenda a ser humilde e a ter respeito pelos rivais. 

É um rapaz novo, ainda tem muito a aprender.

12/08/2012

De repente, um som que me traz saudades...

Minha querida mãe faleceu a 20 anos. Eu era um adolescente de 13 e é natural que algumas lembranças se apaguem da memória. Por isso, gosto muito de conversar com minha tia Neuza, que conviveu com ela e tem boas histórias sobre minha mãe pra me contar. E dessas boas conversas, acabei de ter uma boa descoberta.

Ontem, ao chegar do trabalho, me deu aquela vontade louca de ouvir ABBA. Coloquei o DVD pra rolar e fiquei curtindo até as 3 da manhã. Hoje, ao acordar, coloquei "I Have a Dream" no repeat e ouvi umas 10 vezes. Achei interessante como uma música de um grupo que não fazia música cristã me dava uma sensação de paz tão boa que eu simplesmente não conseguia e nem queria parar de ouvir.

Logo, veio o comentário da minha querida tia; dizendo que quando ela se casou 4 anos antes de eu nascer, essa música havia tocado em seu casamento e minha mãe gostava tanto que pediu bis. Minha tia comentou que não teve como evitar as lágrimas ao relembrar esse momento. Confesso que também não tive como não chorar. Não de tristeza, mas uma emoção boa e reconfortante que tomou conta do meu coração. Mas também de uma saudade forte, porém esperançosa de um dia vê-la na eternidade, onde a Morte não terá mais poder e o medo não mais existir.

De repente, um som que me traz saudades...

Minha querida mãe faleceu a 20 anos. Eu era um adolescente de 13 e é natural que algumas lembranças se apaguem da memória. Por isso, gosto muito de conversar com minha tia Neuza, que conviveu com ela e tem boas histórias sobre minha mãe pra me contar. E dessas boas conversas, acabei de ter uma boa descoberta.


Ontem, ao chegar do trabalho, me deu aquela vontade louca de ouvir ABBA. Coloquei o DVD pra rolar e fiquei curtindo até as 3 da manhã. Hoje, ao acordar, coloquei "I Have a Dream" no repeat e ouvi umas 10 vezes. Achei interessante como uma música de um grupo que não fazia música cristã me dava uma sensação de paz tão boa que eu simplesmente não conseguia e nem queria parar de ouvir.

Logo, veio o comentário da minha querida tia; dizendo que quando ela se casou 4 anos antes de eu nascer, essa música havia tocado em seu casamento e minha mãe gostava tanto que pediu bis. Minha tia comentou que não teve como evitar as lágrimas ao relembrar esse momento. Confesso que também não tive como não chorar. Não de tristeza, mas uma emoção boa e reconfortante que tomou conta do meu coração. Mas também de uma saudade forte, porém esperançosa de um dia vê-la na eternidade, onde a Morte não terá mais poder e o medo não mais existir.

18/01/2012

Aposenta, Robertão!


Hail, friends.

Resolvi com um pouco de atraso assistir pelo Youtube o especial de Natal do Roberto Carlos. Não dá pra negar que é um artista importante na música do nosso país (ou melhor... foi).

É incrível como a Globo conseguiu transformá-lo em uma cópia mal acabada de si mesmo. Afinal de contas, é difícil conhecer quem ouça as músicas novas do Robertão (era dessa forma que eu e meus amigos na adolescência nos referíamos a ele).

Lembro-me das tardes de domingo na casa do meu primo Ismael ouvindo os discos de vinil bem antigos do Roberto Carlos - rock'n'roll que não deixava nada a dever aos gringos da época dele.

Olhar no especial de Natal o tio Roberto cantar "Eu sou Terrível" foi uma das cenas mais patéticas que já presenciei em nossa música. Não tem mais aquele gás, aquela energia... o correto seria cantar "Eu fui Terrível".

Existem dois tipos de pessoas na velhice: aquele que depois de anos resolve ousar como nunca antes e vai pular de bungee jump e aquele outro que depois de anos de trabalho quer viver em paz cuidando do jardim de casa. Não sou contra nenhum dos dois - acredito que em minha velhice eu vá preferir a segunda opção. Mas o seu Roberto prefere outro caminho: não radicaliza e nem cuida do jardim. Prefere tentar ser o que era na juventude e de forma extremamente lamentável não o consegue fazer.

Aposenta, Robertão!!!

31/12/2011

Feliz 2012!!!


Olá amigos...

Último dia de 2011. Mais um ano que se vai entre tantos outros. Olho pra trás e vejo tanta gente que se foi na jornada da vida e só verei um dia quando passar para a eternidade... parentes, amigos, outros nem tão amigos...

Não quero me estender aqui, mas se te convidei a ler isso é porque você é muito importante pra mim. Quero te desejar que em 2012 as bênçãos do céu possam cair sobre a tua vida. Te desejar muito sucesso. E que os momentos de tristeza em 2011 possam se reverter em 12 meses de felicidade intensa.

Um grande abraço.
De coração.

04/12/2011

Reality Show musical? Fuja!!!


Olá, friends.
Jotta A é o nome do momento. O garoto de 12 anos tem um domínio vocal que não vejo na maioria dos cantores com quem já trabalhei durante toda a minha vida. Além disso, manda excepcionalmente bem na versão de "Agnus Dei" que me fez chorar e arrisco dizer que faria chorar o próprio Michael W. Smith.

Mas sabem o que me entristece nessa história? É que já vi antes outros capítulos dessa mesma história. O cantor/cantora de talento que aparece em algum reality show musical, emociona o público, levanta a audiência do programa e depois... desaparece. Ou alguém aí ainda se lembra de Robinson Monteiro, Vanessa Jackson, Susan Boyle ou Leandro Lopes?

Falando em programa de Raul Gil, que é onde esses talentos aparecem com mais frequência, é impressionante ver como algum tempo depois todos esses artistas caem em um ostracismo eterno, sendo substituídos por outros talentos que vão entrando também nesse ciclo de sucesso/decadência... como um produto na prateleira do supermercado que simplesmente foi retirado de circulação.

Outra coisa que me deixa triste é o fato de boa parte desse pessoal surgir das igrejas... vendendo seu talento para esses falsos mecenas da música, que na verdade só pensam em lucrar com o talento alheio, porque simplesmente lhes falta talento. Sem contar o fato de se submeterem a análise de jurados medíocres como o Caio Mesquita (um dos saxofonistas mais medíocres que já vi na vida...).

O que eu gostaria de falar pro Jotta A hoje é: garoto, você canta pra caramba e isso não vai mudar. Mas fuja desses programinhas e só pare de correr quando estiver a uma distância segura. O sucesso não está na quantidade de público que eles possam colocar dentro de um auditório. O verdadeiro sucesso você irá perceber com o passar dos anos, quando de consciência tranquila você perceber que não está na mídia, mas está na ativa e não se vendeu.

Grande abraço.

05/11/2011

Meu passado é... presente!!!

Hail, friends.

Me impressiono com a quantidade de artistas gospel que usam seu trabalho antes da conversão ao cristianismo para vender seus produtos ao público cristão. Sem contar o fato de que o que deveria ser louvor a Deus está virando uma carreira artística dentro da igreja.

É fato comprovado que o mercado de música cristã movimenta muito dinheiro, e daí vê-se muitos artistas gravando música gospel para ganhar dinheiro. Grande exemplo disso é a música "Faz um milagre em mim", gravada por grupos de pagode, forró e até - pasmem - funk.

Mas o que mais me intriga é o fato de vários artistas gospel gritarem aos quatro ventos pra quem eles tocavam ou cantavam pra conseguir vender seus CD's aos incautos evangélicos.

Um deles - grande músico, por sinal - a aproximadamente 15 anos atrás gravou um disco de vinil (época em que ainda se gravava em vinil no Brasil) com seu testemunho, onde a todo momento repetia ser ex-trompetista do Paralamas do Sucesso. Ganhou grande popularidade, mas duvido que algum fã do Paralamas saiba de quem se trata.

Outro dia me convidaram param um show de outro cantor gospel que faz questão de dizer a todo mundo ser ex-back vocal do J. Quest - a informação procede, mas garanto que nenhum fã do J. Quest nem sequer sabe que ele existe.

Temos outro que até a pouco tempo atrás se ouvia muito por aí - ex integrante do Olodum. Também vendeu muito disco e até hoje seus shows superlotam. O próprio autor de "Faz um milagre em mim" sempre que pode, faz questão de dizer ser ex-integrante do Só Pra Contrariar.

O ridículo que vi dia desses, foi a Rosana (é... aquela cantora de "Como uma deusa"), fazendo uma versão gospel dessa mesma música. Jesus, Maria e José!!!

E tem gente que me critica por ouvir música secular (não gosto desse rótulo, mas...). Realmente, percebo a cada dia que o mercado gospel está virando um caça-níquel pra tirar dinheiro dos incautos fiéis. Compro muito material gospel sim, mas com esses daí, não gasto um centavo. E podem me chamar de fariseu, herege e o que mais quiserem.



Fui, friends.

16/10/2011

Deus me livre da cabana!!!


Terminei recentemente de ler "A Cabana". Meu interesse na leitura desse livro se deu por ter lido anteriormente outro livro do mesmo autor, do qual eu gostei muito. Mas ao ler "A Cabana" o efeito não foi o mesmo: não gostei do livro.

O livro tem bons ensinamentos cristãos, como por exemplo, perdoar a quem possa nos ter causado os maiores danos. Porém, em proporção maior são as "viagens" do autor. Imagine uma história onde Deus é uma mulher africana com um rebolado sexy e é chamada de "Papai"; Jesus Cristo é um misto de modelo/chef de cozinha saradão; e o Espírito Santo é uma asiática chamada Sarayu. Isso é uma afronta a mim que não sou teólogo porém em contrapartida frequentei fielmente a escola dominical durante a adolescência na Assembleia de Deus.

Recomendaram-me um livro chamado "De volta à cabana" para eu engolir essas viagens vomitadas pelo autor. Realmente, não estou disposto. Acho que estou mais disposto a escrever um livro. Algo como "Deus me livre da cabana".
Abraços, friends.

11/10/2011

Tocar



Poema do Paulo Cesar Pinheiro.

"Um samba eu vou lhe dizer
é sempre bom de fazer
e faz a gente querer cantar
o canto quando ele vem
garanto que é bom também
porque não deixa ninguém chorar
tocar é sentir a presença de Deus pelo som
tocar é ouvir a batida de um só coração
nenhum poeta vai definir
quando se toca é melhor calar
não dá pra dizer o prazer que há
só quem sabe é quem sabe tocar"



Abraços a todos, friends.



05/10/2011

Saudades



Amigos...
Esse texto do Vinicius de Moraes foi publicado no blog do meu tio Ezupério (
clique aqui e leia).
Tocou profundamente meu coração e reproduzo aqui.
Após tê-lo lido, vou refazer contato com todos os meus amigos que não vejo a tempos.



"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem pra sempre...


Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos emails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo.

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos da minha vida!

A saudade vai apertar dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrimas nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido desse humilde amigo:não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!"



Espero que esse texto tenha te tocado como tocou em mim.




Um abraço.














30/08/2011

São Paulo: um caso de amor e ódio.



Hail, Friends. Estou aqui, curtindo minha insônia e ouvindo uma das minhas bandas favoritas dos anos 80's: 365. A música: São Paulo. Qual roqueiro paulista das antigas nunca cantou com empolgação "sem São Paulo, o meu dono é a solidão"?

Difícil pra mim falar da cidade em que nasci. Recém chegado das férias em Minas Gerais, acabo vendo a todo o momento os defeitos da cidade e sentindo falta da "terrinha". O trânsito por aqui é algo inexplicável, só consegue saber como é quem realmente mora por aqui; a poluição que me deixou com uma bronquite desde que cheguei de Minas e insiste em não passar; o barulho intenso que tanto me perturba e incomoda até nos finais de semana; a estafa do dia-a-dia (essa cidade respira stress); o medo que toma conta de mim todo dia quando chego tarde do trabalho... ah, o trabalho, que me faz todos os dias andar nos ônibus lotados de nossa Grande São Paulo...

Mas depois de pensar nisso tudo, fico dividido. Começo a pensar como é gostoso andar à noite na Av. Paulista, simplesmente por andar e curtir a avenida à noite. Ou nas salas de cinema daqui, que modéstia à parte, são as melhores do país. Ou nas pizzarias daqui, que são as melhores (aliás, sou viciado em cinema e pizza...). Para mim, viciado em livros, tem bibliotecas e livrarias aos montes (as bibliotecas da USP são as melhores). Sem falar no cenário cultural. Tem de tudo pra todos os gostos: música, dança, teatro, cinema, exposições e por aí vai. Quase todo show internacional tem passagem obrigatória por aqui. O berço do rock e túmulo do samba, como dito por Rita Lee em uma frase infeliz, abriga o rock e o samba - tanto o bom quanto o lixo dos dois gêneros.

Mudo a trilha sonora e começo a ouvir "Sampa" de João Gilberto, onde ele cita o cruzamento das avenidas Ipiranga e São João. Me lembro com uma paixão nostálgica dos meus primeiros anos de músico, quando eu passeava próximo às citadas avenidas, no bairro Santa Ifigênia, a olhar as vitrines das lojas de instrumentos que na época infestavam na região (anos depois a maioria se mudou para a rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, onde se mantém até hoje). Para um aspirante a músico era o local ideal para ir aos sábados e atualizar-me das novidades da música - além de conhecer outros músicos.

Troco de música e lembro-me novamente do lado triste da cidade. O grande guitarrista Faiska Borges tocando "Tietê River Blues" me mostra que poderíamos ter um dos cenários mais belos da cidade: o rio que corta toda a grande São Paulo. Me lembro também de como seria bela a paisagem com o Rio Pinheiros margeando a linha do trem que corta a zona sul, mas infelizmente o que se vê é um esgoto gigantesco a céu aberto, fruto da ganância das indústrias que por ali se instalaram e lançaram seus dejetos.

Paixão e rancor se misturam dentro de mim quando falo de São Paulo, onde nasci, cresci, trabalhei e de onde pretendo correr pra bem longe um dia (Montes Claros... quem sabe).

Mas chega de divagação. Por enquanto, fico por aqui.
Grande abraço.

25/08/2011

Beyoncé Knowles: mudanças à vista?


Hail, people!!! Hoje vou comentar sobre o novo álbum da Beyoncé: 4.

Dois fatos inegáveis sobre a cantora:

1 - A mina canta pra caramba.

2 - Como consegue gravar tanto disco chato, um atrás do outro!!!

Talvez pelo segundo fato, eu tenha me surpreendido dessa vez com o novo álbum. Demorei a ouvir, até quando vi alguns críticos que detratavam o seu trabalho elogiando o novo álbum (não é mesmo, Régis Tadeu?). Intrigado com isso, resolvi ouvir. E foi quando fiquei surpreso. Não precisa acompanhar muito o trabalho dela pra saber que seu show preza única e exclusivamente a parte visual, com muitas luzes, muitas dançarinas e a Beyoncé mostrando mais o corpo do que a voz. Em suma: não é um trabalho pra se ouvir, e sim pra se ver. Na verdade, essa parte não mudou - é só olhar no encarte do CD e ver alguns vídeos no Youtube de sua nova turnê. E como sou músico e me guio pelos ouvidos, nunca me interessou o trabalho da ex-integrante do Destiny's Child.

Porém, quando se ouve seu último álbum, vemos algo bem trabalhado musicalmente, carecendo ainda de algumas correções, mas muito diferente do que ela vem fazendo até então. O álbum abre com "1+1", surpreendentemente com uma introdução de guitarra (limpa, mas guitarra), o que mostra um novo direcionamento em seu trabalho. A segunda faixa "I care" inicialmente dá a impressão de ser chata, mas quando entra o refrão com bastantes divisões vocais a coisa começa a ficar mais legal. A música não engata o tanto que eu gostaria, mas ainda assim é legal de ouvir.

O mais legal nesse disco é que ela deixou de lado seus exageros vocais. Acredito ser esse o maior pecado de quem canta muito. É muito chato ficar ouvindo gritinhos, falsetes e afins a todo momento. Dessa vez ela soube dosar isso e por incrível que pareça ficou mais perceptível como ela canta bem. Fica a dica para as covers gospel mal resolvidas de Mariah Carey...
A música que mais gostei chama-se "I was here", uma bela balada 6x8, que além de ser uma música linda tem uma bela letra. Vale a audição (clique aqui para ouvir)

"End of Time" tem um contrabaixo com uma levada atonal bem bacana, pena que a introdução um tanto quanto repetitiva é desnecessária. Aliás, está aí um grande problema que sempre envolveu os trabalhos da Beyoncé: a repetição excessiva. Mesmo mostrando mudanças em seu novo trabalho, algumas músicas repetem trechos à exaustão, fazendo de sua audição algo ainda cansativo.


Que fique registrado aqui que ainda não estou me dobrando ao trabalho da cantora, até porque somente nos próximos trabalhos saberemos se realmente está havendo uma mudança ou se a coisa vai voltar a degringolar de vez.


Torço pra que ela siga a primeira opção. A música agradece.





23/08/2011

Amor verdadeiro, puro, incondicional... o resto é conversa.


Bel:

Por hoje vou mudar o assunto desse blog. Hoje quero falar pra você. E tentar de alguma forma tocar o teu coração.

Cheguei, como sempre, tarde do trabalho. Fui no teu quarto e você estava dormindo. Aliás, está dormindo até agora.

Relembro a primeira vez que te vi, a 20 anos atrás, saindo da maternidade nos braços da nossa mãe que ainda estava entre os viventes. E naquele dia nascia dentro de mim uma sensação de amor produndo que dura até hoje.

Você que me deu e dá tanto trabalho, mas que sempre me deu também os momentos de maior alegria que já pude ter. Você que tinha apenas 8 meses quando a mamãe partiu pra morar com Deus e que nos via chorar e vinha sorrindo me pedindo colo. Você que um dia, com apenas 5 anos de idade, quando estávamos eu, o Rick e o pai doentes ficou cuidando da gente como se fosse gente grande.

Você que brigou tanto comigo mas que esteve ao meu lado nos momentos mais complicados da minha vida e que me deu apoio quando todos resolveram virar as costas pra mim.

Você hoje tem seus 20 anos... um dia terá seus 50, 60 e por aí vai... mas nunca vai deixar de ser a minha irmãzinha que vi nascer, sonhei e vi crescer e que Deus me dê a graça de não vê-la morrer.
Você é o presente mais lindo que Deus me deu nessa terra. Teria muito mais pra falar, mas apenas quero resumir em duas palavras o que sinto: TE AMO.

De coração.
Oscar.

14/08/2011

Quer pagar quanto?


Hail, friends. Fui convidado recentemente por uma amiga minha e grande cantora para tocar em um evento no interior de São Paulo para dar abertura a um evento onde cantaria uma famosa cantora gospel. Minha amiga foi questionada sobre o que seria necessário para irmos até o evento. Ela pediu apenas o transporte dela e dos músicos e se a organização poderia fornecer os equipamentos de som para a banda, já que transportar tudo numa van por 500 km é uma tarefa um pouco árdua.

Fui informado que a famosa cantora que está sendo considerada a atração do evento cobrou R$9.000,00 - sem contar custos de transporte, alimentação e hospedagem - para cantar no evento utilizando playback. A organização queria levar outra cantora mais popular, porém não pôde arcar com os R$25.000,00 cobrados por essa "adoradora".
Fiquei muito indignado com isso, mas uma semana depois conversei com um amigo de outra igreja me dizendo que outra cantora gospel - uma das mais populares do Brasil - cobrou R$50.000,00 para cantar em um congresso em sua igreja.

Não sou contra cristão viver de música, porém precisamos saber muito bem saber separar o que é o trabalho secular e o que é o louvor a Deus (esse infelizmente está deixando de existir - mas sobre isso vou falar em outro blog que estou preparando). Existem muitas alternativas para viver como músico: dar aulas, produção musical, casamentos, entre outros. Mas cobrar fortunas para "adorar a Deus" não passa de atitude mercenária, capitalista e estelionatária.


Por esse motivo que apoio pessoas como os integrantes do Roupa Nova, que são cristãos, frequentam uma igreja e não vendem um trabalho falso maquiado sob uma embalagem falsa de unção e santidade.
Triste é ver todo o povo sendo enganado, pagando para ir a esses eventos e entrando nessa onda de catarse emocional coletiva enquanto estão sendo roubados não apenas financeiramente mas também em sua sinceridade e pureza de coração. Sempre aprendi que o dom de Deus é gratuito e que devemos dar de graça o que recebemos de graça. E digo graça não somente no sentido financeiro, mas no seu sentido real que significa "favor não merecido". Todos esses ladrões mercenários receberam de Deus o talento de cantar e sem merecimento.
É muito pedir que devolvam isso a Deus e à igreja de Cristo sem nada cobrar por isso?


Sempre que me deparo com isso, paro e faço a velha oração católica: "Senhor, tende piedade de nós".

13/07/2011

13 de julho - Dia Mundial do Rock


Hail, people!!!

Hoje comemoramos o Dia do Rock. Esse gênero musical nasceu no início da década de 50 nos EUA e se espalhou para o mundo inteiro. Alvo de muitas críticas negativas, o estilo chegou a ser considerado como incentivador do satanismo. Para mim, criado em igreja evangélica, era mais difícil ainda curtir rock por causa disso, pois na minha infância não era permitido esse tipo de som nas igrejas. Quem criticava não tinha noção de que o inferno de verdade viria no final dos anos 90 com o funk carioca...

Tenho tantas coisas a dizer sobre o rock'n'roll que só conseguiria dizer se montasse um blog específico sobre o assunto. Então, para celebrar esse dia, criei uma playlist no Youtube com 10 sons que gosto demais de ouvir. (clique aqui para ouvir).

Grande abraço a todos!!!


14/05/2011

Ministra na berlinda



Hail people!!!

Recentemente falei sobre a verba milionária cedida pelo Ministério da Cultura à Maria Betânia para que a mesma abrisse um blog.

Acabo de ler outra matéria no Estadão sobre a possibilidade de saída da ministra Ana de Hollanda do ministério. Os motivo apontado é o isolamento e esgotamento político da referida ministra. Alguns políticos dizem estar incomodados com a "paralisia cultural" desde que a sra. Ana de Hollanda assumiu a pasta.

Além disso há suspeitas de ligação da ministra com o Ecad, que é o órgão responsável por recolher as taxas referentes a direitos autorais. É comentado que a mesma impede qualquer fiscalização do órgão.

Sinceramente não acredito que senadores, deputados e ministros queiram a sua saída para que o ministério tenha uma atuação séria no campo cultural, até porque não dá mais para acreditar em seriedade quando se fala em política governamental em nosso país. Mas depois de liber verba milionária para a construção de um blog a nossa ministra passou qualquer limite aceitável até para uma pessoa mais leiga. Está mais do que na hora da nossa ministra sair do ministério e continuar sua carreira musical (que nunca foi brilhante...).

Friends, fico por aqui.
Grande abraço.

28/04/2011

Assalto à mão armada




Hail people!!!
Semana passada li uma notícia que muito me indignou: O Ministério da Cultura liberou uma verba no valor de R$1.300.000,00 à cantora Maria Betânia para a mesma inverstir em um blog voltado à música e à poesia. Vou explicar melhor: no blog, serão postados 365 vídeos da cantora recitando poemas. Isso mesmo, vou escrever por extenso: um milhão e trezentos mil reais!!!

Quero questionar aqui três fatos:
1 - A necessidade.
Com zero de recurso em dinheiro, hoje monta-se um blog em menos de 10 minutos. Ok, pode ser que a nossa querida cantora queira contar com ajuda de profissionais da web para montar seu blog, mas a soma pedida ao Governo Federal é absurda. E tenho a certeza que a Betânia não tem necessidade de pedir ajuda financeira para pagar pela criação de um blog.

2 - A importância.
Não vi ainda o blog (se é que ele já foi inaugurado), acho um projeto pouco ou nada importante se comparado ao valor disponibilizado. Com esse valor pode-se investir em projetos culturais muito mais relevantes. Acredito não só na importância de um projeto para a cultura mas também para a mudança de vida da sociedade. Um bom exemplo é o do artista plástico Vik Muniz. Assista ao filme "Lixo Extraordinário" e veja como ele conseguiu transformar a vida de uma sociedade usando sua arte e sem contar com recurso do governo para tal.

3 - A intenção.
Com o argumento dado pela cantora, não consigo acreditar que a mesma tenha pedido recurso ao Ministério da Cultura na boa intenção de investir na cultura e conhecimento do povo brasileiro. Vale lembrar que a ministra da cultura é irmã do Chico Buarque, amigo do Caetano Veloso, irmão da Maria Betânia. Será que vamos simplesmente ignorar esses fatos e fingir que o argumento utilizado é verdadeiro?

Me dói saber que somos burros a carregar a carga pesada de impostos e taxas cobrados pelo governo para pagar a conta de pessoas que infelizmente vemos não ter nenhum compromisso com o progresso do nosso país. Pessoas que, como diria o Zé Bruno (líder da banda Resgate), diziam ser amordaçados pela censura e agora desfilam por aí estabelecendo a própria ditadura.

Pior ainda é lembrar que na gestão do Gilberto Gil, o mesmo Ministério da Cultura liberou verba para a Tati Quebra Barraco participar de uma manifestação feminista fora do país.

Enquanto isso, vejo a lei da senadora Roseana Sarney engavetada (clique aqui e saiba mais). Por que se investe R$1.300.000,00 em um blog e engaveta-se um projeto de lei sério?
Sob um sentimento de grande indignação, fico por aqui.
Grande abraço.

06/04/2011

Menos Cauby, menos...


Hail, people!!!


Lendo a Folha de São Paulo hoje, deparei-me com uma matéria sobre o Cauby Peixoto. Não é a minha praia, mas admiro o fato de o mesmo estar na ativa a tantos anos, enquanto vemos uma profusão de artistas descartáveis aparecendo e desaparecendo com rapidez impressionante. Ele está terminando de gravar um novo trabalho com covers dos Beatles - o nome do novo álbum será "Caubytles" - e sinceramente estou curioso pra conferir "Let it Be" na voz dele (acho que seria engraçado ouvi-lo cantar "Revolution", mas essa ele não vai gravar).


Mas o que me chamou a atenção foi o seu egocentrismo. Não quero discutir a qualidade artística do Sr. Cauby, mas ele não é a pessoa indicada para falar de suas próprias qualidades. Ao dizer que vai mudar a roupagem das músicas, comentou que não quer fazer igual aos Beatles pois quando os mesmos ainda aspiravam o estrelato ele já era um astro veterano.


Disse ainda na entrevista que "modéstia a parte, eu canto muito bem" além de comentar que "minha voz fica muito linda quando canto músicas românticas" ao comentar que só vai regravar as baladas de John Lennon e Cia.


Ainda será lançado um documentário sobre sua carreira chamado "Cauby - o mito". Vale comentar que o nome do DVD foi escolhido pelo próprio. Para a gravação do CD de cover dos Beatles, ele escolheu apenas músicos muito próximos de seu círculo de amizades porque, segundo ele, são os únicos que entendem que ele é um mito.


Sr. Cauby, acredito que um pouco mais de humildade só fará acrescentar ao grande artista que você se tornou.


Grande abraço.


16/03/2011

Talentos? Tá lento...


Hail people.

Sempre me causa indignação assistir shows de calouros ou reality shows musicais na TV (à exceção do Astros, porque me faz rir muito...). É incrível a (in)capacidade da mídia em criar artistas descartáveis que caem em desuso um ano após estourarem nas paradas. Ou será que alguém se lembra de Vanessa Jackson, Robinson Monteiro ou Leandro Lopes? E a Susan Boyle, alguém fala dela ainda?

Sábado passado, estive assistindo o "Jovens Talentos" do Raul Gil - diga-se de passagem que foi por falta de opção (estava acompanhando uma pessoa na recepção de um hospital). Nada contra o Raul Gil e sim contra o seu corpo de jurados, em especial o Caio Mesquita.

Todo calouro que se apresentava ele sempre tecia o mesmo comentário: "você tem talento mas a música que você canta não é comercial". Eu nem deveria estar indignado, visto que o comentário vem justamente de um saxofonista medíocre que tenho a certeza que nunca irá conseguir tocar uma frase completa do Charlie Parker ou do Ornette Coleman e que só fez música pra ganhar dinheiro; e mesmo assim ninguém nem fala mais desse cara que deve ter passado a vida inteira ouvindo Kenny G, Richard Clayderman e Lee Ritenour.

É de entristecer ainda ver o poder da internet hoje e ao mesmo tempo pessoas talentosas se submetendo a julgamento de idiotas como o Sr. Caio Mesquita. Bem... deixa pra lá, eu nem deveria me importar mesmo...

Grande abraço.

07/02/2011

Mudei de signo... e agora???




Hail, people!!!

Sempre acreditei piamente na Bíblia Sagrada. Embora eu sempre desça o verbo contra a prática das igrejas evangélicas (apesar de frequentar uma..), sempre acreditei muito na Bílbia como regra de fé e palavra de Deus. Daí o fato de eu nunca ter ligado para horóscopo e outras adivinhações afins.

Em minha casa minhas irmãs lêem muito esse tipo de literatura fútil (pelo menos pra mim) e por isso até consigo entender alguma coisa. Engraçado é ler coisas do tipo "você tem tendência a prosperar por isso invista mais tempo em seu trabalho" ou "não vale a pena dar ouvidos a quem não quer ver a tua felicidade". É óbvio!!! Previsão assim, eu faço melhores...

Já me disseram que as pessoas do meu signo choram muito e são mais emotivas, embora reservadas. Confesso que essa é a minha personalidade mas nunca associei ao signo que tentam impor a mim, pois sempre considerei a astrologia como uma grande mentira.

O que ouvi hoje, acaba de provar a grande mentira. Disseram que meu signo mudou porque foi descoberto mais um signo no zodíaco. Então, tudo o que me disseram sobre minha personalidade será mudado em questão de minutos. Quem eu sou a partir de agora?

Quer saber de uma? Dá um tempo, né... deixe-me trabalhar que eu ganho mais (pois a minha verdadeira personalidade é de um cara muito batalhador).

Até o próximo post.

14/10/2010

O tempo passa...


Hail, people!!!
As vezes acho engraçado como nossa cabeça muda com o passar dos tempos. E às vezes esse tempo nem leva anos, nossa mente pode mudar em poucos dias.
A uns 6 meses atras baixei um "Besf of" do Avalon pra ouvir. Lembro-me que achei horrível, pois se parecia muito com as Spice Gilrs. Um dia desses no final da noite, procurando algo diferente pra ouvir, achei o tal álbum no meu pendrive e resolvi ouvir novamente. E fiquei mais de duas horas ouvindo e colocando no repeat...

Muito do que ouço hoje são coisas que eu abominava a 15 anos no auge da minha cabeça de adolescente metaleiro e radical. Acredito que na medida em que o tempo passa, passamos a adquirir novas experiências, algumas boas e outras frustrantes e isso vai amadurecendo a nossa maneira de pensar, viver e enxergar o mundo. Penso que com isso, vamos montando as trilhas sonoras da nossa vida e com essas experiências vamos acrescentando novas palavras ao nosso vocabulário musical.

Acho interessante como em determinados momentos precisamos ouvir uma música e em outros momentos aquela mesma música não surte o mesmo efeito. Engraçado como uma música que ouvimos em um momento bom se torna agressiva aos nossos ouvidos depois que esse momento se vai. É como se essa música nos jogasse na cara que somos perdedores. Interessante também como nesse momento simplesmente podemos ouvir outra música que pode soar como uma promessa de esperança aos nossos ouvidos.

De todas a gracas que Deus me concedeu, com certeza a de ser músico está entre as melhores. Gostaria de escrever um pouco mais, porém estou sonolento. Vou escolher um som bem tranquilo pra dormir. Hoje quero ouvir algo que me faça dormir em paz e me lembrar que a melhor sensação que um ser humano pode ter é a certeza de que vale a pena viver.

Bons sons e bons sonhos para todos.

21/09/2010

Senhores candidatos: meu ouvido não é penico!!!


Hail, people!!! E lá vamos nós para mais um ano eleitoral. Hora de exercer a nossa cidadania e escolher os nossos representantes. Será?

O que dizer dos candidatos que querem forçar o seu número em nossa memória utilizando seus carros de som com suas músicas chatas, repetitivas e ridículas? Considero ótima a opinião de Leandro Vieira, colaborador do site Administradores: "O candidato que usa carro de som não pode ser bem intencionado. Ele já parte do princípio que o nosso ouvido é penico".

Para mim, morador da Grande São Paulo, região naturalmente barulhenta, é torturante ver adicionado a esse caos barulhento o som (ou melhor, ruído...) das músicas (músicas?) dos nossos "queridos" candidatos.

Enquanto isso, vemos projetos de lei relacionados à música já aprovados e ainda não colocados em prática. Um exemplo é o projeto da senadora Roseana Sarney que coloca como matéria obrigatória a matéria "Música" para os estudantes do ensino fundamental. Por que será que não foi colocado isso em prática? Será que é simplesmente porque quando o povo for educado musicalmente simplesmente passará a ignorar tais apelos "musicais"?

Fui procurado em uma ocasião por um candidato para gravar seu jingle eleitoral. Já veio com a letra e a música pronta (na verdade, uma versão de um sucesso sertanejo). Perguntei-o o porquê daquela música. O mesmo me respondeu que em uma ocasião votou em um candidato porque na boca-de-urna estava tocando uma música que fez com que o número ficasse gravado em sua mente, e na hora de votar não estava com sua cola eleitoral e esqueceu-se do número do seu candidato. E completou dizendo: "sei que jingle eleitoral é muito chato, mas quero provocar esse efeito nas pessoas". Nem preciso dizer que não fiz o trabalho para ele.

Estou em processo de elaboração de um projeto de lei de iniciativa popular em minha cidade: proibir o uso de carros de som com finalidades eleitorais. Só assim vou conseguir me garantir um pouco de paz nas próximas eleições. Será um verdadeiro ganha-ganha: a política ganha em qualidade, a população em tranquilidade e a música em todos os aspectos.

Deixo aqui uma frase do grande Shakeaspeare: "Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz."
Até o próximo post.

27/03/2010

Um momento de dúvida


Hail, people. Como faço de vez em quando, dessa vez vou fugir do assunto música. Acordei hoje com a notícia de que o casal Nardoni foi condenado pelo assassinato da Isabela. 31 anos pra ele e 26 pra ela. O caso foi a juri popular que decidiu serem eles os culpados. Existiram muitas evidências de que o casal foi o responsável pelo crime, como também constestações bem argumentadas contra as evidências mostradas.

O que mais complicou o caso é que não houve confissão por parte do casal.
Acredito serem realmente eles os culpados e que a justiça foi feita. Porém, fico aqui pensando: estou baseado no que acredito e no que não tenho provas concretas. E se afinal forem eles inocentes? Será que o tempo fará justiça?

Além da falta de confissão, outro agravante foi a grande exposição da mídia e os ânimos exaltados da população, o que fez com que a situação fosse conduzida de forma muito emocional. Emocional a ponto de levar o advogado de defesa a chorar durante o debate, além do bate-boca totalmente pessoal entre ele e o promotor (o que levou o juiz a repreender os dois).

Continuo achando-os culpados, porém de repente fui tomado pela dúvida: estou certo ou errado? E se eu estiver errado? De qualquer forma, deixo para Deus decidir.


Boa semana pra todos.

26/12/2009

Adeus ano velho... e que venha 2010!!!

Hail, people!!! Muito tempo sem postar... Quero passar por aqui hoje para dar meus votos de um Feliz 2010.

Foi um ano bastante difícil e confesso que até me desmotivei de blogar. Um pouco disso é devido à minha desilusão com a música. Outro fator é que me rendi ao Twitter. O que mais me atraiu no Twitter foi a objetividade e a facilidade com que a informação se espalha. Se quiser me seguir por lá, clique aqui

Fazendo um balanço das minhas motivações e desmotivações, não posso dizer que foi o meu melhor ano como músico. Fiquei o tempo todo fora da ativa e confesso que sinto muita saudade. Saudades do louvor na Renascer Carapicuíba, galera boa, grandes músicos e cantores: Willian, Luiz Fernando, Lizandra, Joab, Jefferson, Cairo, Alvaro, Tati, Aninha, PH - só músico de qualidade. Registro aqui também a minha saudade do Roque - grande levita dessa época e que hoje não mais se encontra entre nós e sim ao lado do nosso Criador. Sem contar os meus vários projetos com o meu amigo Bradok Jr (grande tecladista, cantor e metaleiro...).

Saudades também dos meus ex-alunos de música. Alguns deles hoje se dando bem no meio musical, como o Leandro que está levantando um grupo de louvor lindo na Igreja da Graça, Outros que ensinei e se tornaram músicos melhores do que eu (Bidita é um grande exemplo - infelizmente hoje se encontra preso, mas isso vai passar e vamos voltar a tocar juntos). Poderia listar muitos que não vejo a tempos: Luizinho, Juliana, Diogo, Allan, Osmani, Natalia, Alexandre, Zico... a lista é imensa.

Nunca vou me esquecer dos tempos de CMF - grande família unida pelo metal cristão: eu, Ivair, Ricardo, Everson e Lucia. Muitas noites mal dormidas, coca-cola sem gás, sanduíche sem gosto, strees, piadas sem graça pra no final sempre organizar os melhores shows que a cidade de Carapicuíba já viu. Sem esquecer as bandas que sempre se fizeram presentes: Holiness Code, NZR, Destra, Templo de Fogo (abraço, Moisés), Death Poems (grande Evandro!!!), Azbuk e muitas outras. Muita gente precisa saber que se Sepultura e Angra vieram tocar em Carapicuíba é porque tinha a família CMF aquecendo o cenário da cidade por anos.

Tem também vários músicos gente boa que conheci no decorrer dos anos: Fernandão, Fernandinho, Clayton (que anos depois, sem nos vermos, por coincidências da vida virou meu cunhado...), Willian (Buda), Hilvio, Tom, Willamis, Marcos AD, Douglas Leandro, Ebert, Claudinei, Dilson, Geraldo (meu professor e mentor), maestro Domício (meu primeiro professor de música), maestro João Queiroz (deveria ter dado mais ouvidos a ele), Werlen, Boniek... a lista é imensa, daria pra montar umas três orquestras.

Pensei seriamente nesse ano de 2009 em largar a música. Mas não vai rolar. Isso é um chamado. Espero produzir muito em 2010. Por ora, posso dizer que estou em processo de composição e que etrarei em estúdio pra grava a primeira música e pôr na net pra vocês. Já tenho a ajuda confirmada do Bradok Jr (sempre ele me dando força nos meus trabalhos), do Fernandão e do Hílvio. Vai ser um Prog Metal de primeira.

Além disso, estou totalmente envolvido no "Playing For Change Brasil". Se você ainda não conhece o Playing For Change original, clique aqui e dê uma lida no meu post sobre esse projeto. Te convido também para a comunidade no Orkut do PFG Brasil, onde juntamente com o Lucas e o Tom, estou batalhando pra pôr o projeto pra rolar. Clique aqui para participar da comunidade.

Talvez eu também faça alguns jingles políticos esse ano, mas ainda estou em briga com o meu lado ideológico - ainda tenho esperança de um país melhor e não seria legal entrar numa dessas por grana e acabar ajudando quem não merece.

No geral, apesar dos percalços que enfrentei com gente tentando minar os meus sonhos, posso dizer que ser músico é muito gratificante. Não me arrependo nem um pouco. E quero desejar aqui pra vocês que me seguem um 2010 cheio de paz, saúde, felicidade, prosperidade e muita música. Prometo blogar muito mais em 2010.

Um grande abraço.

03/10/2009

Expomusic 2009




Hail, people. Estive na Expomusic e é claro que não dá pra contar tudo aqui. Pra quem não conhece, a Expomusic é a maior feira da América Latina voltada ao mercado musical. A feira acontece anualmente e neste ano ocorreu de 23 a 27 de setembro. A abertura ao público em geral ocorreu nos dias 25, 26 e 27 sendo que nos dois primeiros dias a feira era restrita somente a profissionais do mercado musical. Fui no dia 26 (sábado) e quis voltar no domingo mas voltei tão cansado que optei por descansar em casa, já que no outro dia teria de voltar ao trabalho.
Vou me ater hoje a algumas marcas e eventos que me chamaram a atenção na feira.

Shelter - É uma marca que está em constante crescimento. Tive meu primeiro contato com uma guitarra Shelter a 8 anos, quando um aluno meu comprou um modelo Srato dessa marca. Já na época achei interessante uma marca com preço acessível e boa qualidade. Além da boa qualidade, agora eles estão investindo na variedade de modelos. Vi uma Flying V muito bonita, SG, Strato (não fiquei muito tempo no stand e não vi se eles tem alguma Telecaster...). A marca é representada no Brasil pela Habro Music, o que já comprova a sua qualidade.






Studiologic - A marca ainda não é forte no Brasil, mas considero um dos melhores teclados e controladores que já vi. Talvez ainda não esteja forte devido ao preço alto. Agora, vou contar um segredo: quando montar meu estúdio, meu sonho é equipá-lo com um Studiologic. Tinha muita gente no stand e não consegui tocar, então tive de me contentar em apreciar o seu som maravilhoso. Acho que nenhum músico continua sendo o mesmo depois de tocar um teclado desses.



Tagima - A mais conhecida marca nacional de guitarras e baixos. Continua sendo uma das melhores, mas não vi nada de inovador por parte da marca nesse ano (o que não denigre a sua imagem, é claro). Continua sendo o seu carro-chefe a Tagima Zero. Foi bom ver de perto os modelos Signature Kiko Loureiro e Juninho Afram, dois guitarristas e duas guitarras que sempre geram curiosidade do público.

Golden - Além de ter seus próprios instrumentos, a Golden é importadora oficial da Eagle, que agora lança no mercado os violões Hofma. Tenho um certo "bode" da Golden. A 20 anos atrás, era a única marca nacional que tínhamos e praticamente endeusávamos quem tinha uma Golden. E olha que as guitarras nem eram tudo aquilo. Com o crescimento do mercado nacional, a marca teve de se profissionalizar para enfrentar a concorrência. Talvez por causa de tudo isso, o stand da Golden não tenha me atraído tanto...

DW - Olha... não sou baterista. Mas sou apaixonado pela DW. É um dos meus sonhos de consumo (e bota sonho nisso, uma vez que alguns kits da chegam aos R$23.000,00 - estou falando de uma bateria usada que vi no Mercado Livre). Ter uma Drum Workshop é mais ou menos como ter uma Ferrari. Pode parecer uma paixão idiota, mas pergunte a qualquer baterista que você conheça...





Music Hall - O Music Hall é um projeto da feira onde durante os 5 dias se apresentam vários artistas. Vale aqui desde artistas desconhecidos até músicos renomados. Confesso que em todas as edições não frequento muito o Music Hall, mas neste ano assisti o Neural Code, que é um projeto solo do Kiko Loureiro e vi também o Bittencourt Project. A banda solo do Rafael Bittencourt é muito legal de ouvir. Não vou falar muito aqui, mas vale uma conferida no Youtube. Vi também uma banda Pop chamada Dejavu (nada a ver com o chatíssimo grupo de forró) que faz cover de artistas do cenário nacional. O mais legal foi o cover de "Até Quando Esperar" do Plebe Rude. Ponto negativo para uma música dos anos 70 que não conheço. O problema não foi a música, e sim a forma como o vocalista apresentou: "vou fazer um cover que dispensa apresentações e que fez muito sucesso nos anos 70". 1 - O vocalista aparentava ter uns 25 anos (sem comentários). 2 - A maior parte do público não conhecia o raio da música e ele nem fez questão de dizer quem era o cara. 3 - A música era chata demais, o que nem gerou a minha curiosidade de saber de quem era.

Guitar Player



O stand da nossa primeira revista de guitarra no Brasil. Aproveitei pra compra a GP nº 2, que foi a primeira que adquiri na vida. Tinha o Joe Satriani na capa e algumas páginas em preto e branco. A nº 1, com o Steve Vai na capa estava esgotada, mas deu pra pegar a 2. Comprei por apenas R$3,00. Stand sempre lotado.


OMB - Ao entrar na feira, levei um susto instantâneo. Um stand da OMB (Ordem dos Músicos do Brasil). A primeira sensação foi de raiva. Pensei: o que essa instituição corrupta está querendo fazer aqui? Depois da raiva, resolvi entrar como quem não quer nada e vi um adesivo "Eu acredito na Nova Ordem". Fui informado dentro da feira que o presidente Wilson Sândoli finalmente foi deposto e que a OMB contava agora com uma nova diretoria. Detalhe: esse cidadão corrupto citado ficou na presidência por infindáveis 42 anos, somente roubando dinheiro dos músicos. Conversei com a 1ª secretária Maria Cristina Barbato, que me recebeu muito bem e me convidou para conferir as mudanças pessoalmente na sede da OMB em São Paulo. Realmente, é difícil acreditar que uma instituição corrupta por 42 anos tenha tido uma mudança radical, mas aceitei o convite e vou conferir pessoalmente. Mas vi algumas coisas que não tinha visto antes: cursos de formação para os músicos, o valor da anuidade está diminuindo de forma progressiva, cursos de música para iniciantes (e tudo isso de forma gratuita) e pela primeira vez está se falando em um plano de previdência para a classe musical. Mas sobre tudo isso, falarei em um próximo post...

Roland/Boss - Não há o que se falar das duas marcas e tudo o que escrever aqui será redundância. São os melhores no que fazem e ponto final. O que gostei foi que no catálogo de produtos eles colocaram o preço sugerido de cada pedal, teclado, amplificador e outros produtos. Enquanto a concorrência tem medo de falar de preço, eles mostram o preço no catálago. Coisa de quem sabe a qualidade que oferece.

2Play - Um novo site de relacionamento entre músicos. Seria uma espécie de Orkut, voltado para a música. No site o músico tem a possibilidade de comercializar a sua música sem a interferência de intermediários (leia-se, gravadoras). Já falei muito disso aqui no blog e citei bons exemplos como o Jamendo e a Trama Music. o 2Play ainda não é a grande solução para o roubo que as grandes gravadoras já fizeram aos músicos, mas é bom saber que temos iniciativas para mudar esse cenário.


Pontos Negativos

Nem tudo é 100% positivo, e algumas coisas foram negativas na feira:


  • Editora Três - Ficou em uma parte na feira onde se concentravam as editoras. Não acrescentou nada para o evento. Por estar perto dos stands da Guitar Player e da Editora HMP (revista Cover Guitarra, site Canal do Músico e revista Batera) sempre tinha de passar em frente ao stand da Três. E em um espaço de 8m², eu chegava a ser abordado 5 vezes pelos vendedores chatos oferecendo "brindes" para te levar para dentro do stand e te vender assinaturas. A Francal, organizadora do evento, deveria ser mais rígida nesses casos, pois era o maior inconveniente. Teve um momento que não deu e acabei sendo um pouco grosso com um dos vendedores. Funcionou, porque eles marcaram o meu rosto e deixaram de me incomodar.


  • Cinema - A parte de produção de eventos mostrou uma evolução imensa. Luzes, efeitos especiais e telões. Porém esses telões eram mais utilizados em demonstrações de filmes. Por ser uma feira de música, poderiam ter colocado alguns grandes shows.


  • Alimentação - Como é caro fazer uma refeição dentro da feira!!! Acordei às 08:00, fui à feira e até às 16:00 eu não tinha me alimentado com nada. Resolvi almoçar. Pelo prato que pago R$18,00 no restaurante perto da empresa onde trabalho, tive de pagar R$30,00. Na fome em que estava, não tive outra opção.


  • Transporte - O maior inconveniente para quem não vai de carro. O trajeto entre a Rodoviária do Tietê até o Expo Center Norte é longo pra quem vai andando e curto de carro. Para ir, da rodoviária até o Expo Center, desembolsei R$10,00 de um "bondoso" taxista. Na volta, só pelo taxímetro (pelas contas dos taxistas, iria pagar uns R$15,00). Entre pagar esse valor por um trajeto de 2 km e ir a pé até a rodoviária, optei pela segunda alternativa. Poderia ter algumas vans coletivas para resolver o problema.

Infelizmente, não tenho como comentar tudo no blog, mas apesar do que acabei de descrever, o saldo da feira foi positivo. É muito bom ver que o nosso mercado está crescendo e sendo valorizado. Prova disso foi a infinita quantidade de stands de marcas nacionais, além de citarmos que algumas delas como a Nig e a Meteoro estão crescendo no exterior.


Até o ano que vem. Estarei por lá novamente.






17/08/2009

A morte de um gênio


É meus amigos guitarristas... mais uma perda no meio musical.

Aos 94 anos, morreu nesta semana Mr. Lester William Polsfuss, mais conhecido como Les Paul, codinome que dispensa qualquer tipo de apresentação.

Quem me conhece, sabe que sou strateiro fanático, mas vou me render: a Gibson Les Paul é a melhor guitarra do mundo (depois da Strato, é claro...).

Como músico, era um cara bastante experimentalista. Gostava de gravar algumas músicas e depois na gravação alterar o bpm para ficar mais rápido, o que mudava a tonalidade. Hoje, você pode me dizer que isso não é nada, uma vez que consegue-se facilmente alterar a bpm de uma música sem mexer na tonalidade. Foi também o criador da gravação multi-canal. Inicialmente gravava uma parte e depois gravava outra parte em cima da parte gravada e assim sucessivamente. E tem gente que acha que ele só criou a guitarra Les Paul.

Começou sua carreira musical aos 8 anos tocando gaita e aos 13 já tocava guitarra profissionalmente.

No início da década, Mr. Leo Fender lançou a Telecaster que foi sucesso imediato de vendas. Les Paul não ficou pra trás e lançou o seu modelo que teve logo de cara o apoio e investimento da Gibson. É impossível pensar no mundo guitarrístico sem a existência da Les Paul. Alguns músicos inclusive até têm a sua imagem ligada diretamente a essa guitarra. Duvida? Pense em guitarristas como Slash e Jimmy Page. Da mesma forma que vemos Hendrix e lembramos da Strato, de cara você se lembra da Les Paul quando fala desses caras.

Além desses, outros usuários de outras boas marcas também não dispensam uma Les Paul. E aí a lista é infinita. Aí dá pra pensar em Troy Thompson, Joe Perry, Luiz Carlini, Hendrix (sim... ele já tocou Les Paul... embora sempre preferisse a Strato), Alex Lifeson, Zakk Wilde... a lista não para.

Que Deus continue iluminando outras mentes nesse nosso planeta. Precisamos continuar inovando e abrindo caminhos em nosso meio musical. Com certeza, o nosso "tiozinho" deixou saudades.

02/08/2009

Playinf For Change



Olá, pessoal. Nesta semana eu tive uma experiência que me levou às lágrimas. Visitando um amigo meu, ele me apresentou um projeto musical chamado "Playing for Change - Songs Around The World". O projeto foi criado pelo produtor Mark Johnson, que durante uma década viajou com a sua equipe por vários lugares do mundo como África do Sul, Congo, Brasil, França, Itália, Nepal e muitos outros. Nessas viagens, registrou vários artistas locais tocando em praças, no quintal de casa, vilarejos, calçadas e outros lugares improváveis.
O objetivo do projeto foi conectar o mundo através da música. E se o o objetivo era criar uma conexão, Mark Johnson foi muito assertivo por ter escolhido a música, que indiscutivelmente é uma linguagem universal. É muito emocionante ver e ouvir pessoas que não se conhecem e nem falam o idioma um do outro unidas cantando a mesma canção, cada uma mostrando de forma particular a sua cultura.
O mais legal aqui é que foi criada a Fundação Playing for Change, que está construindo uma escola em Gugulethu na África do Sul, onde a população carente terá acesso ao ensino musical e à tecnologia e buscar em recomeço através da música. Entre outros projetos sociais, estão a construção de um centro para refugiados tibetanos na Índia e no Nepal além de um centro de artes em Johannesburgo - África do Sul.

É um dos poucos casos onde compro o CD e o DVD (que vou comprar mesmo) e pago o preço que for cobrado sem a sensação de que fui roubado. Iniciativas como essas devem ser realmente patrocinadas no mundo inteiro e nesse caso estou disposto a ajudar. Um amigo meu, leitor do meu blog me disse que iria baixar pra mim mas nesse caso vou comprar mesmo e abrir mão do que sempre defendo nos meus posts.

Só tenho a lamentar a inviabilidade de uma turnê mundial desse projeto por ser muito caro.

Nesse caso, vou me ajoelhar aqui no meu quarto e agradecer a Deus por ter criado algo tão maravilhoso e divino que é á música.

28/06/2009

Boas iniciativas no mercado musical


Tenho dedicado alguns posts por aqui para criticar negativamente a indústria musical. Por hoje, quero falar de algumas boas iniciativas que estão surgindo e poderão um dia mudar o cenário atual daquilo que tanto tenho criticado. Muitos amigos, ex-alunos e outros músicos me perguntam qual a solução para se fazer da música algo rentável e que ao mesmo tempo não seja caro para o consumidor. Confesso que até hoje ainda não achei a resposta definitiva. Mas tenho visto algumas atitudes que se ainda não mostraram o resultado desejado, pelo menos já nos tem mostrado o caminho para que cheguemos a ele.

O que mais me chamou a atenção foi o caso da Trama Virtual. Um dos sócios da empresa é o músico João Marcelo Bôscoli, filho da Elis Regina e do Ronaldo Bôscoli. A solução encontrada aqui foi o Download Remunerado. O artista disponibiliza suas músicas no site para download e a cada música baixada é paga uma quantia ao artista por um patrocinador que lança sua propaganda no momento do download. Como sou estudante de administração, fui fazer uns breves cálculos e constatei que é um tipo de propaganda mais barata que anúncio em TV, rádio ou internet. Os valores disponibilizados aos artistas ainda estão longe de encher os olhos, mas essa é uma iniciativa pioneira no mundo inteiro e poderá ser no futuro uma das formas de se trabalhar comercialmente com música. A grande sacada do Bôscoli aqui foi comparar isso aos comerciais de TV aberta: o telespectador não paga pra assistir a programação, mas quem paga por eles são os anunciantes. Resolveu a partir daí levar a mesma ideia para a música.

Outra iniciativa bacana foi a do site Reverb Nation, uma espécie de gravadora/rádio online. Eles fizeram um concurso e escolheram uma banda que durante 3 meses terá uma música pra ser baixada na página. Pra constar: a banda vencedora chama-se Midnight Purple e é do Mato Grosso do Sul. Cada download dessa música será remunerado para a banda durante esse período no valor de U$0,50. É um valor relativamente baixo, mas como o concurso envolveu bandas do mundo inteiro, vai fazer com que os músicos ganhem muito em popularidade e tenham condições de mostrar seu trabalho para um público maior.


Para quem já não liga para dinheiro mas quer divulgação uma boa opção é o site Jamendo (que já tem versão em português). No site, o artista se cadastra e coloca seu material à disposição para ser baixado gratuitamente e de forma legal. Aqui funciona mais o intercâmbio, mas acabei constatando que pode se tornar a porta de entrada para divulgar e comercializar suas músicas. Conheci nesse site uma banda que amei e de cara já fui direto para o site deles conhecer mais. Resultado? Quero comprar todo material da banda diretamente com eles. Já fiz contato e vou receber pelos correios. Bom resultado pra banda.


Outro dia, estive lendo a coluna do Régis Tadeu na revista Cover Guitarra, onde ele falava sobre o mercado de games. Com a grande venda de jogos como o Guitar Heroe, muita banda lucrou vendendo suas músicas para o game e disponibilizando os downloads no site do fabricante. A grande sacada aí é que o cara que joga video-game não dá R$20,00 em um CD, mas é capaz de gastar R$3.000,00 pra comprar um Playstation 3. Mas tem um detalhe aí: é um mercado muito grande para os pequenos artistas. É onde tenho outra boa notícia. A duas semanas atrás, entrou uma empresa nova no mercado: a "Ponte D". O objetivo dos criadores dessa empresa é intermediar as relações entre as bandas e as empresas que trabalham com música como telefonia móvel e magazines virtuais. Além disso, a Ponte D garante que no mercado internacional seus produtos serão distribuídos para 144 lojas já cadastradas.

Tenho a cada dia me dedicado na busca de novas alternativas e conheço muitas outras que não vou comentar por agora para não ocupar muito espaço. Espero que com o tempo todas essas iniciativas tomem força e que possamos ver um mundo mais justo para os músicos e para o público também.

Um abraço.



07/06/2009

Tenho saudades do Backstreet Boys


Olá pessoal. Quem me conhece bem deve estar achando que fiquei louco do nada, mas o sentimento que tenho ultimamente é esse mesmo.


Acordei hoje, no meu domingo de folga e o vizinho do meu lado ouvindo funk carioca. Eu, que tenho 16 anos como músico e já ouvi de tudo (musicalmente falando) fiquei horrorizado com as letras que o meu vizinho estava ouvindo em último volume. Não vou reproduzir aqui, claro, mas fiquei muito espantado. Já se sabe que as letras do citado "estilo musical" são baixaria pura, mas o que ouvi hoje conseguiu descer ao mais baixo nível da degradação humana.


Comecei a me lembrar dos meus 16 pros 18 anos, quando o que fazia sucesso nas paradas eram as boy bands: Backstreet Boys, Boyzone, NSinc, Westlife, etc. Na adolescência, você vive em um certo radicalismo e sinceramente, naquela época eu, um metaleiro de primeira, descia a lenha nesse pessoal. Hoje sou uma pessoa bem eclética (os 30 anos de vida me ensinaram a ser) e ouço Metallica e Norah Jones com o mesmo prazer.


Continuo não curtindo o som do Backstreet Boys, mas sinceramente comecei a sentir muita saudade deles. E sabe por quê? Porque as adolescentes da época não eram incentivadas por eles a viver uma vida promíscua e se entregando ao inferno da prostituição. Tenho 3 irmãs adolescentes e me preocupo muito com elas.


No mês passado, uma delas me pediu de presente um CD do Jonas Brothers. Critiquei-a e perguntei se ela não teria coisa melhor pra ouvir. De repente hoje, me deu uma sensação de alívio e felicidade por ela ter pedido o CD do Jonas Brothers e não de um MC Créu da vida.


A vida sempre nos levando a mudar nossos conceitos. Semana que vem vou comprar o CD pra ela e ainda vou levá-la ao cinema pra assistir o filme do Jonas Brothers em 3D.

08/04/2009

A volta aos velhos (e bons) tempos da música



Sempre comento com meus amigos músicos sobre como a evolução tecnológica mudou totalmente os rumos da música nos dias de hoje. Até em posts neste e em outros blogs já falei do processo de democratização das informações que estamos vivendo hoje. Se antes ser informado era privilégio de alguns, hoje todos podem ter acesso a todo e qualquer tipo de informação, e para nós músicos isso significa não ter mais que aguardar meses e até um ano inteiro pra poder ouvir aquele tributo ao Led Zeppelin que foi lançado no Japão (por falar nisso, me lembro que o referido CD custava 90 dólares sem incluir as taxas dos correios...).

Recentemente estive lendo uma entrevista que o saudoso Baden Powell concedeu para a revista Cover Guitarra, onde ele dizia como era diferente ser músico a algumas décadas atrás. Se por um lado não havia ainda acesso a boas escolas e boas metodologias de estudo para todos os músicos, existiam também aspectos que tornavam a vida de músico mais legal.

Uma das coisas que me chamou a atenção é que ele falava de uma época em que a música ainda não era dominada pelo império selvagem das grandes gravadoras. Powell contava nessa entrevista que quando ele, Vinícius de Moraes, Tom Jobim e tantos outros músicos compunham uma nova música, era só ir na TV e já apresentar ao público antes de gravar. Usando os termos do mundo corporativo de hoje, era uma forma de ter um feedback do público antes de lançar um material novo no mercado. Ler aquilo me trouxe um saudosismo de uma época que não vivi.

Mas infelizmente aquele tempo passou , e eu como muitos outros músicos, nasci em uma época onde se você fosse músico e não conseguisse um contrato com uma grande gravadora, estaria fadado ao ostracismo. Ostracismo esse que atingiu a mim e a milhares de músicos talentosos que conheci ao longo de meus 30 anos de vida. A TV e as rádios, antes grandes propagadoras da boa música, se venderam ao capitalismo cobrando das gravadoras o famoso “jabá” para veicular as músicas de determinado “artista”. As gravadoras, por sua vez, vendendo discos de vinil, fitas K-7 e posteriormente CD’s a preços absurdos e pagando uma quantidade ínfima aos músicos (isso além de terem sido responsáveis por lançar no mercado muitos artistas de qualidade duvidosa).

Foi uma época em que quem era músico não agüentava mais ouvir falar em “brodagem” (para os músicos mais novinhos, era uma expressão aportuguesada da palavra “brother” que significava virar puxa-saco de quem tinha contatos nessa lama social toda). A mesma coisa que os executivos de hoje chamam de “networking”. Lembro até de uma entrevista do já falecido Tim Maia onde o jornalista perguntou que conselho ele daria para quem quisesse gravar um disco; ao que de uma forma sarcástica ele respondeu: “pega um 38 e aponta na cabeça de um dono de gravadora”. Ou seja, depender da sorte.

Depois de ler aquela entrevista, cheguei à conclusão de que toda essa evolução tecnológica de hoje poderá nos levar de volta àqueles bons tempos. É só ver a quantidade de rádios de TV’s online existentes hoje, veiculando informações sem cobrar nada por isso. Basta lembrar também que hoje com um computador decente e bons softwares qualquer músico pode gravar o seu trabalho sem precisar arcar com o custo alto de grandes estúdios (e ainda fazer um trabalho com qualidade à altura desses mesmos estúdios).

É só ver também que (graças a Deus) estamos eliminando de vez uma época em que se fez muita música ruim pra encher um CD para pôr no mercado. Tal como na época em que se lançava um single, hoje você grava uma música e já pôe pra tocar nos “Youtubes” e “MySpaces” da vida, pra quem quiser ouvir aqui ou no Japão.

Fiquei muito feliz em saber que toda oportunidade que esse mercado diabólico, hostil e selvagem me tirou está em minhas mãos e que posso pegar novamente minha já empoeirada guitarra e divulgar meu trabalho pra quem quiser me ouvir.

Enfim, depois de ler aquela entrevista, fui dormir mais feliz.